“Parece
até que foi ontem!” - Eu me levantava da cama, puxava meu cobertor
quentinho e corria para o sofá, assistir o desenho (…) Não precisava me
preocupar em colocar o alarme para despertar cedo e correr pra escola.
Eu lembro que eu brincava de ser alguém da TV, era tão divertido, a
inocência tomava conta de mim. O joelho ralado, ah o joelho ralado
[risos] meu amigo, essa era a pior dor que eu poderia
sentir, mas logo logo passou até eu conhecer a dor de um coração
partido, quebrado. Lembro que as vezes eu voltava chorando pra casa,
algum coleguinha devia ter me chamado de feia ou de chata, e a mamãe me
dava um abraço e em questão de segundos a tristea desaparecia e a
alegria vinha a tona. Já hoje, quando choro, nem o abraço da mamãe faz
mais efeito, - infelizmente. Infância (..) Eu era tão feliz que não
fazia idéia, eu podia sorrir em fotos sem me preocupar em passar
maquiagem , ou em ajeitar o cabelo, a simplicidade dominava. Infância,
era tudo tão simples, sem complicações, nem nada do tipo, a minha unica
preocupação era que horas que iria terminar o desenho, e se a mamãe
tinha feito meu almoço preferido. Era tudo tão mais fácil, e eu não
podia ver a facilidade que era, viver. As vezes olho minhas atividades
escolates antigas, era só somar e subtrair, mas pra mim era um bicho de
sete cabeças, hoje, eu enfrento um bicho de 300 cabeças pra tentar achar
um “x”. Eu lembro tão claramente, da minha mãe falando que a infância
era o melhor período da vida, mas eu só queria crescer, me tornar logo
“gente grande” [..] Mas isso, é porque eu não sabia como era ser gente
grande, quão dificil seria, ter que lidar com tudo isso. Antes, eu só
queria crescer, a agora, se eu pudesse, queria voltar no tempo, e ficar
lá atrás.
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