terça-feira, 28 de junho de 2011


O que corria pelas minhas veias naquele Domingo congelante era o medo. Medo do tempo. Medo, mais especificamente, de anoitecer...

Eu o olhava calada enquanto meus pensamentos borbulhavam na minha cabeça. Volta e meia mordia meus lábios – Um gesto bem comum para mim. Significa que estou tentando não chorar – e não ousava pronunciar uma palavra. Meu silêncio era seguro, era como se fosse um muro de contenção para qualquer lágrima que quisesse sair. Se eu separasse meus lábios, se eu deixasse as palavras saírem, a contenção desabaria e as lágrimas escorreriam pela minha face... Isso seria lamentável.

Parece que o choro é uma tentativa ridícula e desesperada para pedir atenção. É quando você dilacera seu orgulho e nada mais importa. Você só chora e espera que isso resolva tudo. Mas tudo que você consegue é parecer ridículo e frágil.
Ele iria mesmo embora. Era isso. Eu não poderia fazer nada para mudar este fato.

A sucessão de fatos que ocorreram, então, foram baseadas num impulso que eu conhecia bem. - Eu. Ele. Uma porta trancada. Frio. Silêncio. Toques. Beijos. Abraços. Risadas. Conforto.

Continuei com meus dentes pressionando meus lábios. Qualquer lágrima estragaria tudo. Nem mesmo encará-lo eu conseguia, porque doía pensar que em alguns instantes ele não estaria mais ali.

E quando a cena mudou, quando esse ato se encerrou, eu chorei. Chorei sem culpa. Chorei porque doía. Chorei porque não queria guardar isso. Era angustiante demais para manter dentro de mim.

Mais alguns abraços e já era hora de ir. Hora de ele ir. Hora de ele levar parte de mim consigo.
Agora as lembranças me envolvem, me assistem, me devoram e meus lábios continuam entre meus dentes. Mas tenham certeza de que nada dói mais do que uma despedida. Ela nos faz provar o gosto do fim.



...Porque nem toda despedida é um fim, algumas são apenas um espaço de tempo entre um encontro e outro. Um espaço onde habita a saudade.

segunda-feira, 27 de junho de 2011


Antes eu era muito individualista. Eu não conseguia manter relacionamentos por achar que ninguém servia para mim - Sabe, no sentido de se encaixar às minhas exigências.
Todos tinham defeitos que me incomodavam. Eu dava tanta importância aos detalhes, que não conseguia observar a situação como um todo. Isso é ser meio imatura, sabe? Reparar apenas nos defeitos, deixar que eles ofusquem as qualidades. Exigir mais do que o outro pode dar...
Enfim, aí eu o conheci, e fiquei tão fascinada-apaixonada-viciada nele que eu aprendi a lidar com a imperfeição do outro... e a aceitar a minha - Porque eu sou imperfeita também. Física e mentalmente.
Aprendi a ceder quando necessário, porque minha opinião não é absoluta. E meus erros também ferem. Aprendi a ouvir. A aceitar. A amar. Sem superficialidades. E agora os detalhes me fazem bem. Eles tornam tudo mais marcante!

terça-feira, 21 de junho de 2011


Meus dias por vezes nascem coloridos e outros cismam em tentar borrar as cores. O meu sorriso é de verdade e acontece por motivos bobos,..mais bem especiais. Eu também tropeço e caio de vez enquando, aliás eu caio muito. E no meu mundo mais lindo e completo não consigo entender a vida que algumas pessoas levam, o tanto que reclamam! Mas como o mundo não é dos mais justos mesmo... Compreendo! 
Bom, mais mesmo assim eu tenho bastante lápis de cor... e empresto para quem quiser pintar a vida. Mas por favor!  Não borrem a minha!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Tudo mundo carrega em si um pouco do outro. Eu, por exemplo, sou uma mistura de cada um que fez parte da minha vida... Por mais breve que tenha sido. Cada um foi colocando um tijolo, ou o cimento, ou as janelas, ou as portas daquilo que eu sou hoje.. E as pessoas que colocaram as portas e as janelas são aquelas que me abriram para o mundo. Que me tiraram do meu casulo e me tornaram......Borboleta. Por mais que as vezes eu volte a me sentir lagarta... Enfim, somos um molde formado por cada um que teve alguma importância... Na nossa vida. Sabe, mas isso é diferente de você roubar a vida de alguém e fingir que é sua.  Você pode ter um pouco do outro impregnado em si. Mas porque ele te marcou. Você não pode roubar personalidades, não pode roubar... Vidas. O quão vazia é a sua vida para você preenchê-la com mentiras? Você não é assim. Essa não é você. E você pode enganar o mundo com suas mentiras vazias. Mas eu sei que por dentro elas te devoram, e você acaba se tornando oca.   Eu odeio pessoas com a personalidade forçada. E isso fica tão evidente...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Algumas pessoas entram na sua vida, e deixam uma marca, as vezes uma marca tão profunda que demora anos para ela finalmente desaparecer, nunca por completo. O tempo cicatriza as feridas, diminue as dores, acaba com a saudade, mais o tempo nunca faz a gente esquecer do que se quer lembrar, o tempo nunca apaga por completo as pegadas que algumas pessoas deixam na sua vida. Tem gente que por mais que te machuque, por mais que erre, e por mais que te faça sofrer, vão sempre ser especiais, vão sempre ter um lugar no seu coração. É a lei da vida, as vezes você valoriza demais, quem não se importa com você.
Vou recomeçar de um modo como se eu já mais estivesse parado, vou lutar por aquilo que acredito e ir atrás dos meus sonhos, vou ignorar a dor e quanto ao coração deixar de ouvi-lo, vou acreditar na razão e abandonar toda a emoção, vou acreditar que eu sou capaz porque sou capaz de cair e seguir em frente, de me levantar mais forte e permanecer sempre em pé, não se permita cair. Não se permita ser fraca e nem ao menos não esconda suas lagrimas não deixe que seus sonhos sejam seguidos por seus medos porque um dia seus medos o levaram embora, não deixe que o orgulho seja seu companheiro porque logo ele irá te trair, não mude de opinião por criticas siga em frente e as ignore, reze para que tudo algum dia acabe bem, e se não acabar lembre-se que ao menos você correu atrás de seus sonhos, imaginou novos princípios, correu riscos e viveu, aprendeu e já mais deixou o medo tomar conta daquilo que mais quer!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de sorte ou mero acaso. É estar perto das pessoas que amamos, que nos fazem bem e que nos querem bem. É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal, não hesitando em usar o bom senso, a maturidade obtida com experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso. É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras. Evitar sentimentos corrosivos como o rancor, a raiva, e as mágoas que nos tiram noites de sono e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los. É valorizar as palavras verdadeiras e os sentimentos sinceros que a nós são destinados. E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível, aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e caráter nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las!

sábado, 4 de junho de 2011


Amor próprio é aquela pontada que a gente sente no peito, como se a nossa consciência implorasse silenciosamente para que parássemos de insistir naquilo que não nos levará a lugar algum. E a gente insiste em tentar seguir em frente em ruas sem saída. A única solução é voltar. Voltar e trilhar um novo caminho. Uma nova tentativa. É aquele nó que se forma em nossa garganta, nos impedindo de chorar, porque as lágrimas deterioram toda nossa superfície supostamente forte, e a gente se expõem, numa fragilidade incontestável. É quando a gente se abraça, tentando encontrar um ponto de fuga de pensamentos melancólicos e doloridos, procurando no Amanhã a cura para o Ontem e o alívio para o Hoje, com pensamentos de “Isso vai passar.”

Nós sentimos um prazer amargo na auto-tortura; Pisamos sobre cacos de vidro. Sobre aquilo que se quebrou e não pode ser consertado. Naquilo que machuca incessantemente. A dor afiada perfura nossa pele e parecemos amar nos sentir sangrando.

E quando isso acontece, é sinal de que a dor está partindo seu amor próprio em pedaços e parece ser quase impossível juntá-los. Mas a gente sempre junta. A gente sempre escapa de ruas sem saída. A gente sempre para de pisar em cacos. A gente sempre cicatriza o ontem.

É tudo uma questão de tempo, porque ele transforma os cacos em grama verde. Abre caminhos paralelos à ruas sem saída, ele transforma o ontem em breves lembranças vagas...

Mas as feridas ele não cura, apenas as enfraquece.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Os ataques da inveja são os únicos em que o agressor, se pudesse, preferia fazer o papel da vítima ! A inveja é tão vil e vergonhosa que ninguém se atreve a confessá-la.
Jovens; parem e reflitam que invejando e tentando denegrir a imagem alheia você só faz mal e si próprio ;)