domingo, 22 de maio de 2011

A medida que o inverno se aproxima, sinto vindo em direção a mim um frio capaz de congelar qualquer sensação viva em mim. Há dezenas de emoções se debatendo sob minha pele. Umas doem mais que as outras. E são essas que nunca morrem. Parece que quanto mais me machuca, mais eu preservo a memória, ou lembrança, ou sensação. Sou estúpida demais até para controlar o que é meu. O que eu crio.
As sensações caem sobre mim como flocos de neve. Leves, mas ao mesmo tempo frios. Tão frios que ferem lá no fundo. Todos os escudos que eu crio se transformam em vento toda vez que alguém lança palavras afiadas em minha direção. A música quebra o silêncio. Meus pensamentos quebram minha calma. Suas palavras quebram minha proteção. Não me pertenço mais. Não mando mais nos meus pensamentos, nos meus sentimentos e as vezes nem mesmo em meus atos.

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